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Ampliar as capacidades de projecção e comunicação humanas por recurso à tecnologia digital é o objectivo que preside à constituição deste fórum. Multimodal, o ciberespaço convoca para a discussão saberes diferenciados ao colocar em jogo toda uma série de expectativas cognitivas, filosóficas, sociais, etc., que tendem a ampliar o que definimos como ‘realidade’. É porque se trata da inauguração e usufruto de um espaço que exploramos através de uma outra ferramenta cognitiva, a digital, que importa reflectir sobre o seu significado último. Entre a realidade e a hiper-realidade, do táctil ao digital, várias são as expressões de apropriação humana na definição de si, dos outros e do universo construído, natural ou artificial, e é precisamente na tentativa de dilucidação destes aspectos e com a colaboração de uma série de especialistas, nacionais e internacionais, que se inaugura este projecto. Ao projecto “Ciberscópio” subjaz uma matriz teórica que importa explicitar e que é a de observar, a partir do macroscópio - usando a terminologia de Joel de Rosnay - , a complexidade do real. Procuramos, por esta razão, uma abordagem multifacetada, longe da habitual compartimentação do conhecimento. Porque várias são as formas de abordagem ao real procuramos recriar um espaço capaz de albergar uma ecologia de mentes. Não se trata de abordar uma realidade paralela mas antes, como a própria designação do projecto indicia, analisá-la de um ponto de vista caleidoscópico (ciberscópico) susceptível de desvelar a imagem global. Em alguns casos, o real não é senão emulado, não constitui mais do que uma utopia, um sonho longínquo, uma atracção contínua por um vórtice em que nos revolucionamos pelo contacto com outras mentes. Como refere Stephen Talbott (“The Future Does Not Compute”), a revolução tecnológica sugere novas orientações, o que nos pode transportar para um novo paradigma informacional aonde estão presentes quer a desmaterialização progressiva, na qual a matéria é substituída pela informação, quer uma participação que indiferencia a tradicional distinção entre sujeito e objecto. Significa isto que, para além da realidade fenoménica comum, temos os meios para experienciar uma nova matriz, a informacional, que, de algum modo, reconfigura o nosso ser e a nossa relação com o mundo. O acesso a redes neuronais, no sentido do conjunto de sujeitos que interagem em virtude das redes de comunicação, pode constituir um meio de evolução incontornável ao permitir uma interacção viva entre mentes. Ainda nas palavras de Talbott (Op. Cit.), “se a abstracção é o instrumento pelo qual nós produzimos o conteúdo informacional do ciberespaço, a imaginação é a actividade pela qual nós descobrimos significado no mundo” e são estas as vertentes que pretendemos explorar. Maria Manuel Borges |
A Load Design foi a empresa responsável por toda
a imagem do projecto. |
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